(Este poema foi escrito numa manhã ensolarada de primavera, num sábado como este. Presente para alguém que um dia foi profundamente importante para mim. A vida trouxe, a vida levou)
Não perco essa mania insistente
De perder-me em dimensões quânticas
Que permitem que sejas meu.
Não perco essa mania imensa
De sonhar de forma intensa
E nessas telas mentais
Deixo-me levar pela ânsia de sentir teu cheiro
Aquele que, certamente, exalarás
Quando abraçar-me pela primeira vez.
Não perco essa mania incessante
De querer estar sempre perto
Sem que seja importante
Definir quem está errado ou certo.
(Dane-se a vontade de estar certo
Quero mesmo é estar perto!)
Não perco essa mania veemente
De desejar-te ardentemente.
Tens a ternura embutida na alma
A paixão incrustada nas palavras
Imagino, com realismo e pungência
Como seria desfrutar dessa ardência.
Acordo todos os dias sentindo de ti abstinência.
É que em alta ou baixa frequência
Não há o que me faça perder
Essa mania de você.