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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O Monstro de Olhos Verdes




Observo quieto enquanto tu perfumas a nuca 
E veste-se como uma Deusa para sair.
Não imagina a dor que me causa!






Emudeço
Sozinho feneço
A noite cai
Eu não adormeço




Como descansar se minha mente voa 
Atormentado por dúvidas sem fim?
O que estarás fazendo?
Certamente com algum safado!
Conversando, arfando e gemendo!

Permaneço cativo do balanço das horas.
Não me tortures assim, relógio maldito!
Perco-me na sala, acompanhado apenas pelas sombras da noite
Sofrendo o efeito dos duros pensamentos que açoitam meu ego.
Certamente é tua indiferença, tua falta de ternura
Ou pode ser apenas loucura causada por uma traição.

Estás a me trair, mulher?
Imagino a bajulação desenfreada no bar
Nas madrugadas regadas a bebida
Das quais apenas ao amanhecer retorna ainda mais bela.

Preciso ter vergonha na cara!
Devia ir agora no quarto, pegar tuas coisas
E jogar-te na rua, junto com todos os teus amantes.

Talvez devesse matar-me
Ou rogar para que sejas fiel!

Não,
Não posso implorar!
Isso seria como fel
A derrubar minha altivez.
Melhor será a viuvez

Prefiro matar-te sem piedade
À dor de saber que me trai
Toda vez que te perfumas e sai



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