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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Dueto - Infinitas Formas de Amor


AH e TH

Amo você
Amo-te
Te amo
Você eu amo
Eu amo você
Amo você eu
Amo eu você

Mais
Amo mais você do que eu
Amo você e eu
Amo mais eu quando com você
Amo quando você me ama

Amo amar você
Eu amar você
Amar amor você eu
Amada por você eu
Você muito amor amado


Eu você
Você!!!

Você
Amor é
Amora
Com aroma
De Romã

Amor é
Se não amor
Morra em Roma
Com aroma de mulher

Se não amor
Morra na cama
Com amor a Romã
Mas se me ama
Amor
Não morra
Dê-me teu aroma
Pode ser em Roma,
Mas, melhor,
Na cama.

Te dou
Sua
Na cama ou em Roma

Gostei desse verso
Amor com cara de me coma

Também gostei
Ficou lindo
Vamos poemar mais vezes?

Vamos poemar por toda a vida...

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Amo Você




(Lembra daquele papelzinho azul que eu guardava escondido na terceira gaveta?
Era só o meu amor por você, nada mais. Mas isso você nunca saberá.)



Amo você.
E amo com toda a beleza
E crueldade que essa declaração traz em si.

Amo pelo simples ato de amar
Como se não houvesse o amanhã
Porque quero tudo e agora
Desde te fazer sorrir,
Até te ter em meus braços.

Amo com esperança
Certa de que voltará quando a noite cair
Mas atemorizada de que alguém
Te encante mais que eu no meio do caminho

Amo com violência
Seu corpo e seu rosto
E o intenso efeito que a combinação de ambos
Causam sobre meu ser

Amo com ternura
Suas cicatrizes e imperfeiçoes
Que te tornam único pra mim

Amo seus olhos
Sorridentes, moleques e extasiados
quando encontram os meus

Amo suas palavras
Sempre perspicazes perante minhas construções verbais
Ambíguas e provocadoras

Amo seu coração
E todas dores e alegrias que carrega.
É justamente por conhecê-las (e entendê-las)
Que digo todos os dias que “não pretendo ir a lugar algum”

Amo você
E isso me desestrutura,
Porque com você me sinto absurdamente viva!

Mas amo você especialmente
Por ser quem é e por extrair o melhor que há em mim.

Te amo por que é Meu
Meu
Meu
Pra sempre Meu

Pra sempre o meu amor


domingo, 14 de agosto de 2016

Tudo e Nada


Teus olhos miram o tudo e o nada
Porém não conseguem me ver
E eu aqui com os meus presos em ti
Olhos, ouvidos e coração inteiros teus
(Desejando fervorosamente que os teus sejam logo meus)

Teu sorriso escondido
Teus brilhantes e imensamente escuros olhos
Teu rosto e corpo tão meus
Continuam exatamente iguais
Exatamente encantadores
Apaixonantes

Sorriso que pede beijos
Olhar que pede amor
Mãos que anseiam afago
Beijos, amor, afago transbordam em mim
E que somente querem a ti

Vem buscar?

Continuo ávida
Por me perder nos mistérios de teu olhar profundo
Por saborear tua Monalisa
Por envolver-te com todo o amor que mora em mim

Vem, amor
Ainda é cedo
E o mundo nos espera

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A História do Menino e da Estrela

Hoje eu não quero poemas, mas histórias. Adoro histórias! Sou como criança, para quem elas são âncoras. Prefiro ouvi-las antes de dormir e, apesar de ser manhã ensolarada - e eu não ser muito boa com as palavras - vou contar a história do menino e a estrela.


Era uma vez, Tico, o garoto dos olhos dourados. Curioso que só, Tico estava sempre em busca de aventuras e histórias geniais. Porém era um menino solitário, vivia numa casinha pequenina com sua vó e seus carrinhos. 

Certo dia, numa tardezinha com o sol morrente e a lua chegante, o menino brincava de viajar o mundo inteiro deitado no seu gramado quando viu uma estrelinha piscante. Ela tava sorrindo pra ele de um jeito tão bonitinho! 

Tico ficou todo vermelho. Não tava acostumado a ver estrelas sorrindo. Nem sabia que elas podiam sorrir! Aninha, a estrela sorridente, ficou tão encantada com o brilho inocente do olhar de Tico, que decidiu descer do céu para brincar de roda com ele. Aninha era uma estrela menina, daquelas bem travessas que gostam de enfiar as mãozinhas na terra para sentir a umidade e de correr contra o vento, gargalhando de alegria. 

Tico, que nunca teve uma amiga menina, muito menos estrela, ficou sem saber o que fazer. Então teve a brilhante ideia de oferecer a ela seu maior tesouro: seus potentes carrinhos! Fazia com eles todas as manobras fantásticas que sua mente concebia. Eram os mais valiosos objetos do mundo. Tico juntou todos os que pode carregar no cesto que formou com a camiseta e levou até Aninha. 

Talvez ela ou qualquer outra pessoa não pudesse entender, mas Tico estava entregando-lhe seu coração em forma de carrinhos. Aninha, então, resolveu plantá-los no jardim, para que virassem girassóis! Afinal, para a menina estrela, flores eram os seres mais lindos que existiam. 

Acontece que meninos não entendem as sutilezas femininas e Tico pôs-se a chorar zangado com Aninha. Ela havia sujado todos os carrinhos! Ele não se importava com flores! Assustada, a estrelinha perdeu a forma humana e subiu para o céu chorando compulsivamente. 

Tico não percebeu que Aninha havia partido e continuou a esbravejar. Quando se viu de novo só, cercado de seus carrinhos queridos, ficou aliviado. Era bom se ver livre de uma menina maluca que plantava carros. O silêncio foi reconfortante, pois lhe era familiar. Tico não queria nunca mais ver Aninha!

A noite caiu e a pequena estrela desapareceu à luz do intenso luar. Tico vasculhou o céu e não encontrou Aninha. Agradeceu silenciosamente a Deus pela sorte de não precisar nunca mais se preocupar com a segurança de seus carrinhos. Afinal, só isso importava: que seu tesouro fosse preservado. Tesouros são tesouros, eles valem mais que tudo. E o menino sabia que apenas aqueles que guardassem seus carrinhos com a vida mereciam ser seus amigos. Aninha não entendia isso e só queria que nascessem flores.

Nos dias seguintes, as nuvens encobriram o firmamento e nenhuma estrela enfeitou o entardecer, nem a noite. Foram semanas escuras. Tico ainda olhava de soslaio o céu quando entardecia, para certificar-se que ela nunca mais voltaria. Porém, se sentia vazio sem o som daquela risada. Era estranho. Seus pertences estavam seguros, mas pareciam agora pálidos e sem vida. Como era possível que todas as piruetas fantásticas perdessem o viço perante uma garota estúpida que plantava brinquedos? 

Aninha ainda chorava triste por si e por Tico. Estrelas que choram não podem enfeitar o céu. Seu coração ficou nas mãos do garoto de olhos dourados que não a queria por perto! Ele não a compreendia, mas mesmo assim ela o amava. 

A estrela partiu para onde a noite nunca cai. Lá não poderia enfeitar a tarde de seu amor, mas ao menos nunca mais faria Tico chorar. Assim fez Aninha. Permaneceu silente e reclusa. O coração da estrela foi se apagando aos poucos, mas ela ainda guardava nas unhas a terra do jardim de Tico onde enterrou suas mãozinhas. Foi o pouco que lhe restou do amor.

Muitas vezes o amor não se faz compreender ou se desvia sem perceber, mas nunca deixa de ser amor. Talvez um dia o menino plante um carrinho e dele brote uma flor. Nesse dia, o som do riso de Aninha cobrirá o jardim de Tico. Talvez...

PS: Aninha aprendeu que não é preciso enterrar carrinhos para que as flores vivam, elas nascem é da compreensão, do carinho, do cuidado, enfim, do amor. Tico não aprendeu nada, mas não deixa de todas as noites vasculhar o céu em busca de uma estrela que ri. Seu coração dói, porém ainda tem seus preciosos carrinhos, o único tesouro que realmente lhe importa. 

E a vida é assim. O amor é para quem se entrega, para quem tem coragem de plantar, não para os que se apegam aos seus medos.