Hypnos não foi nada gentil comigo essa noite. Espalhou espinhos pelo meu leito e deixou os lençóis frios. Estava zangado ou entediado, talvez. O certo é que negou-me o sono de forma perversa, deixando que eu o provasse por minutos e violentamente arrebatando-o em seguida.
Assim, tristemente torturada até quase o amanhecer, exausta e chorosa, fui salva por Morpheus - que gentilmente me carregou em seus braços macios e embalando carinhosamente meu corpo cansado, abriu as portas do mundo dos sonhos. Acho que compadeceu-se e me presenteou com um sonho inesquecivelmente lindo. Claro que aquela pitada de insanidade estava presente (dessa vez alguém muito amado era "estagiário de Baco" que fazia aulas de natação no palco de um velho teatro adornado com um Tridente de Netuno hahaha). Afinal, não seria um sonho meu se tudo fosse coerente.
Depois de um sonho tão vívido, acordei lânguida, repleta de sorrisos iluminados, típicos que quem recebeu beijos ainda dormindo. Será que perfumes conseguem saltar de sonhos e alojar-se em travesseiros, como bilhetinhos de amor? Foi sonho mesmo? Não importa muito agora. De qualquer forma, obrigada. Sonado ou sonhado sempre será amor.
Inicio a semana com a energia especial que só um amor de bom dia é capaz de produzir. Nada me deixa mais feliz que abrir os olhos, sorrir, carinhar-lhe os cabelos e dizer:
Boom dia, amor da minha vida.
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