(Homenagem ao Dia da Bailarina)
TH
Que toma o ar como seu chão
E piruetas faz ao vento.
Como se o mundo fosse seu,
Seu corpo e seu talento do mundo esquecia,
Rodopiava, rodava, rodava e rodava,
De suas rodas furacões fazia,
Era deusa, também rosa,
A natureza lhe obedecia.
E das suas pernas o mundo não saía,
Com seu porte de braços o universo envaidecia,
Como uma pluma que paira no ar,
Pra lá e pra cá,
Enganado a quem olha
E pensa que vai cair.
Essa moça que dança,
Essa rosa que se espaira,
Essa deusa que atua.
Roda mais uma vez,
Eu paro, lembro, admiro,
E humildemente peço,
Se essa moça se lembrar,
Enquanto no palco estiver a girar
Girar, girar e girar sem parar,
Posso ser tua âncora?"
(Basta olhar)