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domingo, 12 de setembro de 2021

A Teia


(A Crueldade de Lady Sophie)





Confesso,
Te enfeiticei por puro capricho
Mas a culpa desse tédio que tanto me irrita
E obriga a fazer coisas perversas

Mulheres odeiam ficar sem diversão!








O jogo de fazer-te amar-me com ardor
Foi delicioso e irresistível!
Excitava-me envolver-te
Com minhas palavras doces e promessas vãs,
Seduzir-te com meus aromas e sabores,
Contemplar-te os belos olhos,
Tão crédulos e apaixonados!
Mas a verdade é que cansei de tanta ingenuidade.

Gosto de uma aventura sem vergonha, não nego.
Normalmente sorveria mais de seu amor,
Sugaria até extrair a última gota de seu néctar,
Devorar-te-ia por inteiro.
Mas perdi o apetite.

Não lamente, Milord.
Apesar de me irritar essa sua adoração incondicional 
Vou deixa-lo sair razoavelmente vivo de minha alcova.
Agradeça à sua capacidade de me fazer rir,
Ela foi sua salvação.

Não me aborreça com perguntas tolas!
Vai-te embora logo,
Antes que eu mude de ideia
E engula seu coração.

Estou com sono
E vou descansar minha beleza.
Nunca mais lembrarei de sua existência,
Portanto, sobreviverá.

Sorte sua ser tão ordinário.
Se sou cruel?
Obviamente!
Faz parte da minha natureza!
O que esperava de uma mulher?

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