(Originalmente postado na Parede de Poemas da Casa Vulgar)
Já não mais me olhas como outrora
Careço de seus olhos de âncora
A garantir-me delicada e silenciosamente
Que a tempestade sempre passa
Que as ondas da vida vêm e vão
Mas jamais me levarão
Já não mais me olhas
Estou à deriva
Vai passarinho
É hora de voar (outra vez) pelo mundo
Ultrapassar os limites do conhecido
E simplesmente voar alto ao sabor do vento
Ahh voar....
Ser passarinho livre
A sensação de voar aquece o ser
Encanta a mente
Entorpece a pele
Ahh Voar...
Salte, meu amor
Salte para a vida
Desejo que ela lhe seja gentil e acolhedora
Já lhe disse uma vez (lembra?)
Amor é um salto no escuro
Inebriante, inevitável
Amor é pra quem tem coragem
E sei que nunca teve medo de se arriscar
Muito menos do precipício
Então vai
Voa
E que os Deuses proteja suas asas
Permitam voos intensos
E pousos suaves.
Sei que você pode
Sabe que eu te amo, passarinho meu
Mas é hora de dizer adeus
O céu te espera
Prometa-me, porém passarinho
Que nunca vai se esquecer
Meu coração é seu ninho.