"Vem e traz essa calcinha branca."
"Moço, ela é listrada! hahaha"E eu fui
Fui
Na pressa, esqueci a calcinha
Mas lembrei do chocolate belga
E dos bulbos de tulipa vermelha e amarela
Pra você plantar e não me esquecer
Quando o sonho acabar
Fui
Só fui, sem pensar um minuto sequer
Essa intensidade e impulsividade louca
Típica de nosso amor único
Coração descompassado, unhas roídas até sangrar
O celular piava loucamente
Gritando sua pressa zangada por minha chegada
O portão já esperava destrancado
Claro que tropecei na escada escura e soltei aquele "merda" estridente
Que te faz gargalhar do meu jeito estabanado ser
É muita perna pra uma moça só
Difícil administrar, você sabe
Ouvir sua risada no escuro
Fez meu acelerado coração
Dar mortais carpados de emoção
E lá estava você
A mesma voz serena e toque macio
Um revival in black do nosso primeiro abraço
A casa era exatamente como me lembrava
O sofá grande abaixo da janela
O pequeno perto da porta onde eu adormecia
Ouvindo a Vó contar historias de quando você era pititico
E o vento
Ahh o vento...
Uivante, assustador e delicioso
Trazendo de longe o cheiro de maresia
A casa era a mesma
Mas a emoção de ter seus olhos escuros invadindo o amarelado dos meus
Cresceu proporcionalmente ao tempo que estivemos tão distantes
O seu cheiro é ainda mais inebriante que minha memória pode guardar
Você sabe que seu cheiro é o que destrói meu cais, como diz a Ana Muller
E você percorreu cada traço do meu rosto e corpo com as pontas dos dedos
Lendo meu amor em braile
Olhos fechados e coração na boca
"É estranho ter você aqui de novo"
Uma estranheza apagada pelo primeiro beijo
Aquela embriaguez profunda
Como cair vertiginosamente em um abismo
Beijos e abraços feitos para conferir
Se cada pequena curva e reentrância
Vibra e retesa
Reverberando mais ou menos que antes
Mais
Definitivamente muito mais
A noite derreteu em nosso suor
E cantou nossos sussurros e gritos
Acordei em seus braços
Naquela cama estreitinha
Que nos obriga a dormir grudados (como se precisasse)
Só que dessa vez duas bolinhas de pelo
Uma branca e uma preta
Se aninhavam entre nossas pernas
Gatos
Iogurte de limão e coca zero na geladeira
Louça pra lavar
Lista de coisinhas pra comprar no mercado do fim da ladeira
É
Eu estava em casa de novo
Casa
Porque moro no seu abraço
E no seu olhar risonho
Me olhando dormir de boca entreaberta
Será que a vida inteira acordarei sobressaltada com seus olhos pousados em mim?
Enfim percebeu que o que falta em você sou eu?
A gente sempre pensa que tem o leme da vida.
E ela zomba de nossa ingenuidade.
Sigamos entre o outono e o caos
Gritando sua pressa zangada por minha chegada
O portão já esperava destrancado
Claro que tropecei na escada escura e soltei aquele "merda" estridente
Que te faz gargalhar do meu jeito estabanado ser
É muita perna pra uma moça só
Difícil administrar, você sabe
Ouvir sua risada no escuro
Fez meu acelerado coração
Dar mortais carpados de emoção
E lá estava você
A mesma voz serena e toque macio
Um revival in black do nosso primeiro abraço
A casa era exatamente como me lembrava
O sofá grande abaixo da janela
O pequeno perto da porta onde eu adormecia
Ouvindo a Vó contar historias de quando você era pititico
E o vento
Ahh o vento...
Uivante, assustador e delicioso
Trazendo de longe o cheiro de maresia
A casa era a mesma
Mas a emoção de ter seus olhos escuros invadindo o amarelado dos meus
Cresceu proporcionalmente ao tempo que estivemos tão distantes
O seu cheiro é ainda mais inebriante que minha memória pode guardar
Você sabe que seu cheiro é o que destrói meu cais, como diz a Ana Muller
E você percorreu cada traço do meu rosto e corpo com as pontas dos dedos
Lendo meu amor em braile
Olhos fechados e coração na boca
"É estranho ter você aqui de novo"
Uma estranheza apagada pelo primeiro beijo
Aquela embriaguez profunda
Como cair vertiginosamente em um abismo
Beijos e abraços feitos para conferir
Se cada pequena curva e reentrância
Vibra e retesa
Reverberando mais ou menos que antes
Mais
Definitivamente muito mais
A noite derreteu em nosso suor
E cantou nossos sussurros e gritos
Acordei em seus braços
Naquela cama estreitinha
Que nos obriga a dormir grudados (como se precisasse)
Só que dessa vez duas bolinhas de pelo
Uma branca e uma preta
Se aninhavam entre nossas pernas
Gatos
Iogurte de limão e coca zero na geladeira
Louça pra lavar
Lista de coisinhas pra comprar no mercado do fim da ladeira
É
Eu estava em casa de novo
Casa
Porque moro no seu abraço
E no seu olhar risonho
Me olhando dormir de boca entreaberta
Será que a vida inteira acordarei sobressaltada com seus olhos pousados em mim?
Enfim percebeu que o que falta em você sou eu?
A gente sempre pensa que tem o leme da vida.
E ela zomba de nossa ingenuidade.
Sigamos entre o outono e o caos
De preferência com um pratinho de maça geladinha picada
Com azeite e canela no café da manha
E "Casa" tocada no violão só pra mim antes de dormir
Não esquece
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